sábado, maio 10, 2008

Top 10 Arquitetos no Cinema

Hoje eu fui emprestar para um amigo o DVD de "12 Homens e Uma Sentença" (ou "12 Angry Men", como diria a mulinha) e acabei me lembrando de fazer este bost que há muito tempo venho devendo.

É muito fácil encontrar nos filmes personagens com profissões "emocionantes" como policial, jornalista, médico ou advogado (aliás, quem acha que advogado é uma profissão emocionante, nunca foi um). Também é fácil ver profissões "glamurosas" como esportista, músico ou escritor (aliás, quem acha que escritor é uma profissão glamurosa, nunca foi um). O difícil mesmo é aparecerem profissões "sem-graça", como encanador, jardineiro, bibliotecário ou arquiteto (aliás, quem acha que arquiteto é uma profissão sem-graça, provavelmente já foi um). Por esse motivo, sempre que aparece um arquiteto em algum filme, mesmo que não exercendo a profissão, eu memorizo. E é graças a essa excepcional capacidade mnemônica que eu tenho o orgulho de apresentar...

TOP 10 ARQUITETOS NO CINEMA!

10º Colocado: Proposta Indecente (Indecent Proposal/1993)
Woody Harrelson faz o papel do arquiteto cornão que aluga a mulher por uma noite para um milionário. Só figura aqui para demonstrar a minha velha máxima de que Hollywood acha que todo arquiteto é otário. E de que todo castigo pra corno é pouco.

9º Colocado: O Pentelho (The Cable Guy/1996)
Gerador de opiniões conflitantes (uns acham que é um grande cocô, outros acham que não é grande nem pra ser cocô), essa comédia não me conquistou da primeira vez que eu assisti. E na segunda? Não, só assisti uma vez mesmo. Ainda assim consta na lista por ter uma boa atuação de Jim Carrey, e pela antológica cena no "Medieval Times". A minha querida profissão aparece na pele de Matthew Broderick, co-protagonista, que representa um arquiteto com uma vida pessoal (<-- paradoxo) complicada pelo indesejável amigo pirado.
 
8º Colocado: Click! (Click/2006)
Filme que começa como uma "comediazinha" (esse é o nome do meio de Adam Sandler) e termina como um drama familiar. Justifica a lembrança porque revela ao mundo a realidade da profissão (prazos curtos, pouco reconhecimento, pouco tempo para a família, enfim, uma grande m...).

7º Colocado: Tempo de Recomeçar (Life As A House/2001)
Drama sobre a complicada vida de um arquiteto (<-- redundância) que recebe o diagnóstico de câncer terminal. A partir daí resolve fazer valer seus últimos dias, reaproximando-se da família e realizando um antigo sonho: construir sua casinha. Bocejo. Clichês à parte, o filme até que é assistível.

6º Colocado: A Casa do Lago (The Lake House/2006)
Não é nenhum Matrix, mas Keanu Reeves convence no papel do arquiteto que se comunica por cartas com uma moça em tempos diferentes. Ganhou uma menção por conseguir juntar um arquiteto e viagens no tempo na mesma película, mesmo sem ter sido escrito por mim.

5º Colocado: Sem Medo de Viver (Fearless/1993)
Um cara (Jeff Bridges) sofre um acidente de avião e tem sua cabeça transformada, se tornando um homem sem medo. Não, não é Lost, não é o filme do Demolidor, é apenas a história de um arquiteto que se acha um deus indestrutível. Ou seja, um arquiteto como todos os outros.

4º Colocado: Um Caso A Três (Three To Tango/1999)
Drama que retrata a vida de um arquiteto heterossexual (Matthew Perry) que é confundido com o sócio e passa a ser visto como gay pelo seu mais novo contratante milionário. Para não perder a grana, acaba entrando na onda e para sua infelicidade se apaixona pela mulher do chefe. Na caixa do DVD vem escrito "comédia", mas se todo mundo achasse de repente que eu era homossexual, pra mim isso ia ser um drama foda. Veja para saber que 1) Arquiteto faz projetos de edificações, não de decoração; 2) Nem todo arquiteto é viado; 3) Alguns são, então desconfie.

Rufem os tambores (não tem mp3, apenas imaginem), pois estamos chegando ao pódio! Conheçam os três melhores filmes de arquiteto já feitos!

3º Colocado: Vontade Indômita (The Fountainhead/1949)
Clássico filme baseado no romance homônimo (em inglês) de Ayn Rand (intitulado "A Nascente" no Brasil), esse filme conta a história de um ficcional arquiteto entusiasta do movimento moderno, que luta para fazer valer seu direito contra a desfiguração de seus projetos nas mãos de críticos, construtores e de outros arquitetos, que considerava "ultrapassados" (a velha história do modernismo contra o ecletismo). Apesar da atuação canastra de Gary Cooper (a cena do elevador no final é emblemática), assista este filme, principalmente se você acaba de ter uma desilusão profissional. Uma curiosidade é que dizem ser esta história inspirada na vida de Frank Lloyd Wright, mas eu não vejo muitas semelhanças biográficas.

2º Colocado: 12 Homens e Uma Sentença (12 Angry Men/1957)
O filme foge um pouco do tema deste bost, afinal trata de um júri debatendo um caso de assassinato. Mas o protagonista da história é um arquiteto (Henry Fonda) que tenta convencer todos os jurados da presumida inocência do acusado. Além de ser um excelente filme, botei na lista porque coloca na tela a notória (pelo menos para mim) superioridade intelectual dos arquitetos.

1º Colocado: Desejo de Matar (Death Wish/1974)
Podem reclamar, mas um filme onde o Charles Bronson faz o papel de um arquiteto que vinga a morte de sua filha assassinando os marginais de Nova Iorque não podia ficar em outra colocação senão no primeiro lugar. Parabéns a Brian Garfield que escreveu esta inusitada porém edificante história, pois arquiteto mais testosterona do que esse só se o Chuck Norris fizesse o papel principal.

Vocês acabaram de ver mais um serviço oferecido por este blog, que espera por uma maior valorização da profissão de arquiteto (e quando eu digo "valorização" eu quero dizer "me dêem mais dinheiro").

P.S.: Aqui eu me restringi à figura do arquiteto (o profissional) no cinema e não à arquitetura em si, então não me venham falar de Meu Tio, ou de Intriga Internacional com sua casa FLW, porque eu já sei e não dou a mínima.

segunda-feira, março 17, 2008

O Digital Drops faz dois anos e quem ganha o presente é VOCÊ! (Reversal Russa, sobre o Digital Drops)

Vários motivos me levaram a fazer este bost, entre eles: 1) gosto muito de posts com temas pré-definidos; 2) gosto mais ainda quando me dão alguma coisa por eles; 3) Luke Skywalker cheira bem, mas o Boba Fett! Acompanhem:

O ano é 2006, mês de fevereiro

Naquele tempo o Perdigotos estava inativo por falta de idéias boas (as idéias continuam ruins hoje, mas minha auto-crítica diminuiu) e, sem ter nada a ver com isto, entrava no ar o primeiro post do Digital Drops, um excelente blog sobre tecnologia que veio a mudar minha maneira de ver o assunto. Mas de que forma?

Entendendo o contexto da época

Como todo geek que se preza sempre acompanhei o mundo das bugingangas e da informática com muito interesse, até que lá pelos idos de 2005 o hype esfriou (para mim). A evolução tecnológica chegou a um patamar em que ninguém apresentava idéias novas, apenas aperfeiçoava as existentes.

Veja como exemplo os iPods. Em setembro de 2005 foi lançado o iPod nano (ainda na versão Luigi, não na atual versão Super Mário) e junto com ele a nova cara do iPod Classic (ou iPod "grandão"). Tudo muito bonito, mas... dã! Era um iPod pequenininho e outro fininho! E faziam as mesmas coisas dos outros!

Outro exemplo eram os videogames. A Microsoft acabara de lançar o Xbox 360, que era um console com milhares de recursos gráficos e sonoros, tudo muito bonito, mas... dã! Eu ainda tinha que apertar os malditos botõezinhos (cada vez em maior quantidade) para fazer a coisa funcionar!

E os celulares? Tudo que se lia sobre celular é que esse tirava foto com 1.3 megapixel, aquele tirava com 2 mp e esperem! Lançaram um com 3.2? Tudo muito bonito, mas... bem, vocês já sabem.

Os sites nacionais sobre tecnologia eram um caso à parte... A maioria deles ficava postando resenhas de aparelhos novos *bocejo* e o único que valia a pena era o bom e velho O Velho , que infelizmente com seu layout de técnico em informática fazia explodir meus neurônios gráficos.

Igual a qualquer brasileiro de classe média vivendo com o dólar a quase três reais, em 2006 só me restava ver na internet os aparelhos inacessíveis na vida (em) real. E qual é a graça de se ver iPods do tamanho do meu bolso de moedas se nem moeda eu tinha pra botar nesse bolso? Eu queria ver coisas diferentes, ousadas, e é aí que entra (finalmente) o Digital Drops.

A alternativa do Digital Drops

O Nick Ellis (dono do DD) não se preocupava em colocar apenas o que estava sendo lançado, mas sim em apresentar produtos conceituais, que nem saíram da prancheta de seus autores. Eram (e continuam sendo) invenções que fazem a gente babar pelo potencial que a tecnologia pode alcançar, mantendo a fé na humanidade (se um dia cair um desses na minha mão podem me matar, porque eu já vi tudo que queria).

Tanto que até hoje o Digital Drops consta em primeiro na minha lista de blogs, como vocês podem ver neste printscreen.

A favor temos também o fato do Nick Ellis sempre fazer promoções trazer produtos antenados com o meio-ambiente, além de apostar num design limpo e ágil e de nunca ter desistido de esperar o lançamento do iPhone, mesmo quando o improvável aparelho era motivo de piada (tipo o Chinese Democracy, do Guns N' Roses). Acho que nem o Gui Leite teve tanta paciência com a Apple.

Mesmo hoje, onde iPhones e Wii's passeiam pelas ruas, ainda me espanto com o que o futuro nos reserva (eu sei que o Wii não "passeia pelas ruas", mas esperem para ver o Portable Wii, ou P-Wii) .

É isso aí. De qualquer forma, parabéns ao site. Se eu não ganho o pendrive com este post sem nenhum poder de síntese, pelo menos ganho um link.
Até a próxima.
P.S.: Apesar da cara de post patrocinado, quem me conhece sabe que falei sinceramente sobre o assunto. Até porque quem ia patrocinar este meu blog? E para ganhar o quê? Dois leitores? Sim, você e esse cara esquisito aí espiando por cima do seu ombro!

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Faixa-Bônus

Enquanto pensava neste bost várias opções de título surgiram na minha mente. Veja e tire suas próprias conclusões sobre porque elas foram descartadas.
"Há (não) muito tempo atrás, numa blogosfera muito distante..."

"2006, o ano em que fizemos contato."

"O DD faz dois anos. Não o RPG, seu idiota."

"O Digital Drops faz dois anos e quem ganhará o presente SEREI EU!"
E pensando melhor, o título escolhido deveria estar aqui também...

quarta-feira, março 05, 2008

HP Pavillion série dv6000: mais do que um notebook, uma epopéia.

Aviso: não compre nenhum notebook HP da série dv6000. Explicações a seguir.

Há mais ou menos um ano atrás (março de 2007) comprei um notebook que eu já vinha acompanhando. Era um HP Pavillion dv6110 que estava em promoção num preço ótimo (para a época, hoje eu compraria um três vezes melhor com o mesmo valor). Feliz da vida, fui para casa.

Com a nova aquisição, minha vida mudou para melhor. Podia trabalhar em qualquer lugar, não tinha mais que esperar chegar em casa, podia passar mais tempo com Andréia. Otimizei o meu tempo de trabalho na secretaria (computador de órgão público quem conhece sabe que é uma grande merda, todos bichados e cheio de bugs) e até sobrava um espaço para eu fazer alguma coisa pessoal. Mas quando eu chegava em casa ainda tinha que usar meu velho (e cansado) micro para acessar a internet.

No começo deste ano uma nova era começou quando eu comprei um roteador wireless. Desde então meu notebook ficou online e mudei o desktop de lugar, deixando a mesa livre e aumentando o espaço do quarto. Até aqui só qualidade de vida.

Desde o mês passado para cá a coisa virou. Um dia eu acordo e a placa wireless do meu notebook deixou de existir. Como assim? Não sei. Ou não sabia naquele momento. O fato é que fiquei intrigado e fiz todos os procedimentos-padrão:
reiniciar o computador, reinstalar os drivers, localizar o hardware, reinstalar o windows, chorar, ler "O Segredo", ligar pra minha mãe, rezar, implorar, pensar positivo, pedir pra sair, dar banho de carqueja, lavar com água e sabão, dar beijinho para sarar, pular sete ondinhas, chamar o Raul, ouvir a benção do Padre Marcelo, botar o notebook atrás da geladeira, esfregar com pano úmido, beber leite morno, usar com moderação, não expor ao sol, deixar em local ventilado, ligar pro Uri Geller, chutar que era macumba, fazer a dança do siri.
Enfim, tudo que foi possível. Nada adiantou.

Até aí nem era tão grave assim. O computador estava na garantia, e talz. Quando tivesse um tempinho, levava na autorizada. Alguns (poucos) dias depois, a tela começa a dar uns problemas, com a imagem sumindo às vezes mas logo voltando. Aí sim, tive que apelar para o oráculo de todas as eras, repositório de todo o conhecimento humano, que os infiéis chamam simplesmente de Google. Na minha pesquisa encontro uma enxurrada de mensagens em um fórum com vários usuários do mesmo notebook, e com os mesmos problemas. Aliás, para meu desespero descubro que esse é apenas o começo da derrocada e conseqüentemente do sucateamento do meu dispositivo notebucal. Depois disso virão travamentos, tela preta, bipes ao ligar, apagamento das luzes e por fim... bem, as lágrimas não de deixam continuar. Pelo que dizem, aliás, é um problema sem reparo, porque uma solda foi feita de forma inadequada e o aparelho pode ou não funcionar direito após a tentativa de conserto.

Alguns momentos de choque depois, continuo a minha pesquisa. Leio no site da HP USA que eles estão recebendo todos os notebooks desta linha para reposição e oferecendo uma garantia estendida de 24 meses. Aliviado, imprimo o documento e ligo para o suporte HP no Brasil. Em 26 meros minutos de musiquinha insuportável eu sou atendido pelo sr. Vinícius (sim, eu lembro do seu nome) que me pergunta se eu adotei os seguintes iniciativas:
reiniciar o computador, reinstalar os drivers, localizar o hardware, reinstalar o windows, chorar, ler "O Segredo", ligar pra minha mãe, rezar, implorar, pensar positivo, pedir pra sair, dar banho de carqueja, lavar com água e sabão, dar beijinho para sarar, pular sete ondinhas, chamar o Raul, ouvir a benção do Padre Marcelo, botar o notebook atrás da geladeira, esfregar com pano úmido, beber leite morno, usar com moderação, não expor ao sol, deixar em local ventilado, ligar pro Uri Geller, chutar que era macumba, fazer a dança do siri.
Em seguida o digníssimo atendente me informa não saber sobre esta tal mea culpa da empresa. Falo, explico, digo que vi no site da HP...

Ele: Qual HP?
Eu: A HP americana.
Ele: Ah, certo. Esse documento se refere aos notebooks montados lá, o seu notebook foi montado aqui no Brasil.
Eu: Mas são as mesmas peças, e os sintomas são os mesmos descritos do site da HP USA.
Ele: Pode ser uma coincidência.
Eu: A mesma linha, os mesmos sintomas?
Ele: O sr. pode encaminhar o notebook para a autorizada e examinaremos o seu caso.
Eu: E a garantia estendida de 24 meses?
Ele: Damos garantia de apenas três meses, e só pelas peças.
Eu: Quanto tempo para me darem uma resposta?
Ele: De 10 a 14 dias.
Eu (pensando): Taquepariu!

Daí em diante foi estresse total. Procurei ver no PROCON se eu não podia fazer alguma coisa, já que a HP dos EUA e da Europa admitiram o problema, mas nada. Pensei em procurar um juizado de pequenas calças (sic), pensei em deixar o notebook para conserto-e-seja-o-que-Deus-quiser. Enquanto decidia, voltei aos fóruns e procurei saber quantos tinham tido a mesma encrenca com o suporte HP Brasil, e descobri que eram em torno de 183.987.291 pessoas.

Mas como a Lei da Atração é mãe não é madrasta, no dia seguinte ao meu contato com a HP Brasil, a mesma publica uma declaração no site repetindo tudo que o resto do mundo já sabia, e avisando dos reparos sem lenga-lenga e da minha garantia estendida de 24 meses! CHUPA, VINÍCIUS!

Continuo tendo que ficar de 10 a 14 dias sem o computador, mas pelo menos tenho a certeza de que vão fazer o reparo já sabendo do que se trata, e de que se der merda, trocam/refazem tudo de novo quantas vezes for preciso. Melhor era não existir o problema, mas pelo menos estão tentanto resolver de alguma forma.

Infelizmente, todo esse ocaso (sem contar uma impressora quebrada que eu tenho em casa) me fez criar um certo ranço pela HP. Estava pensando nos últimos meses em comprar um desktop da marca por causa da grife e da garantia que o nome me transmite transmitia, compra essa que foi abortada pelo recente ocorrido. É pena que uma empresa como a HP do Brasil tenha tanta inércia para assumir um erro causando enorme constrangimento aos consumidores.

Bom, mas o fato é que agora estou tranqüilo, usando um cabo de rede jurássico para conectar o notebook enquanto termino os últimos trabalhos antes de mandar o coitado para a assistência.

Então me deixem trabalhar, caramba!
P.S.: Já repararam que todos os meus posts ultimamente tem um P.S.? Por que será eu acho isso tão engraçado?

Onde os fracos não têm vez? No Oscar eles têm!

Vocês já assistiram "Onde Os Fracos Não Têm Vez", filme ganhador do Oscar deste ano?

Há um mês atrás eu resolvi baixá-lo, e quando estava na metade do download comecei a assisti-lo até onde pude (uns 50 minutos de filme). Achei sensacional. Um espécie de faroeste, com todos os elementos que me interessam no gênero (anti-herói, vilão assassino, perseguição e chacina).

Por motivos diversos, o download terminou mas eu não tive tempo de terminar de ver, deixando para depois. Neste meio tempo fiz uma propaganda imensa do filme, falando da tensão e do suspense, do carisma do vilão, distribuí o arquivo para amigos e o caramba. Quando soube no dia seguinte (não consigo acompanhar acordado aquela cerimônia) que tinha ganho o Oscar, vibrei. "É isso aí, premiação merecida!", pensei.

Acontece que no sábado à tarde tive um tempinho e resolvi assistir a outra metade, e agora com legendas e tudo. DECEPÇÃO TOTAL. Descobri que o filme só é interessante até onde eu havia visto, e deste ponto em diante é um decrescente até o final "clichê-de-filme-que-não-quer-ser-clichê". Muito fraco. Hoje em dia só Tarantino faz esse tipo de coisa sem parecer pretensioso ou artificial (tudo bem, Scorcese também acertou em "Os Infiltrados"). De qualquer forma recomendo a todos que vejam (de repente eu não "peguei" alguma coisa, sabe-se lá). Assistir em duas etapas é sempre uma experiência que atrapalha o ritmo do filme. Como não tenho tempo para tentar novamente, de uma sentada só, como se diz, minha opinião vai permanecer a mesma por bastante tempo. Até porque tenho vários outros filmes na fila de espera, incluindo o icônico Rambo IV (esse sim um clássico instantâneo).

Mas a atração tem seus pontos positivos:
1) O vilão. Javier Bardem interpretou como ninguém o papel de assassino psicopata, principalmente se considerarmos aquele cabelinho emo;
2) O clima de faroeste;
3) Josh Brolin, meio canastrão, se encaixa bem no estereótipo do caipira perdido na vida;
4) As cenas dos motéis.

Vou encerrando por aqui esse bost-desabafo. E não posso nem reclamar porque assisti sem pagar nada.
P.S.1: A decepção com esse filme foi equivalente à que eu tive com "Little Miss Sunshine", também conhecido como "Sessão da Tarde";
P.S.2: Antes que eu me esqueça, o personagem do Woody Harrelson era realmente necessário?


terça-feira, janeiro 22, 2008

"Incorporando Mr. Bean": tragicomédia em dois atos.

Mais uma rápida.

Uma sexta-feira dessas (dia 28/12/07), eu tinha colocado o Nerdcast da semana no iPod e quando fui sair de casa meu carro tinha quebrado. Coloquei os fones de ouvido e fui pegar o velho busão aproveitando para ouvir o programa. Meu ônibus chegou, estou entregando o dinheiro ao cobrador. Cenário montado, visualize a cena:

1) o cobrador me pergunta alguma coisa, mas eu não escuto por causa dos fones;
2) eu começo a gargalhar com uma história contada no Nerdcast;
3) todos ao mesmo tempo me olham com cara de espanto;
4) eu não compreendo, e tiro o fone de ouvido;
5) o cobrador está insistindo, "eu não tenho troco, o senhor tem moeda?";
6) até aí tudo bem, se o cobrador não fosse FANHO.

Você pensa que acabou? Segue o segundo ato:

1) eu tento me desculpar, dizendo que não estava rindo porque ele é fanho;
2) uma moça ao lado começa a rir descontroladamente;
3) ele responde: "Não tinha problema. Até agora."

Agora já sei como o Fábio Yabu se sentiu.