quarta-feira, março 05, 2008

Onde os fracos não têm vez? No Oscar eles têm!

Vocês já assistiram "Onde Os Fracos Não Têm Vez", filme ganhador do Oscar deste ano?

Há um mês atrás eu resolvi baixá-lo, e quando estava na metade do download comecei a assisti-lo até onde pude (uns 50 minutos de filme). Achei sensacional. Um espécie de faroeste, com todos os elementos que me interessam no gênero (anti-herói, vilão assassino, perseguição e chacina).

Por motivos diversos, o download terminou mas eu não tive tempo de terminar de ver, deixando para depois. Neste meio tempo fiz uma propaganda imensa do filme, falando da tensão e do suspense, do carisma do vilão, distribuí o arquivo para amigos e o caramba. Quando soube no dia seguinte (não consigo acompanhar acordado aquela cerimônia) que tinha ganho o Oscar, vibrei. "É isso aí, premiação merecida!", pensei.

Acontece que no sábado à tarde tive um tempinho e resolvi assistir a outra metade, e agora com legendas e tudo. DECEPÇÃO TOTAL. Descobri que o filme só é interessante até onde eu havia visto, e deste ponto em diante é um decrescente até o final "clichê-de-filme-que-não-quer-ser-clichê". Muito fraco. Hoje em dia só Tarantino faz esse tipo de coisa sem parecer pretensioso ou artificial (tudo bem, Scorcese também acertou em "Os Infiltrados"). De qualquer forma recomendo a todos que vejam (de repente eu não "peguei" alguma coisa, sabe-se lá). Assistir em duas etapas é sempre uma experiência que atrapalha o ritmo do filme. Como não tenho tempo para tentar novamente, de uma sentada só, como se diz, minha opinião vai permanecer a mesma por bastante tempo. Até porque tenho vários outros filmes na fila de espera, incluindo o icônico Rambo IV (esse sim um clássico instantâneo).

Mas a atração tem seus pontos positivos:
1) O vilão. Javier Bardem interpretou como ninguém o papel de assassino psicopata, principalmente se considerarmos aquele cabelinho emo;
2) O clima de faroeste;
3) Josh Brolin, meio canastrão, se encaixa bem no estereótipo do caipira perdido na vida;
4) As cenas dos motéis.

Vou encerrando por aqui esse bost-desabafo. E não posso nem reclamar porque assisti sem pagar nada.
P.S.1: A decepção com esse filme foi equivalente à que eu tive com "Little Miss Sunshine", também conhecido como "Sessão da Tarde";
P.S.2: Antes que eu me esqueça, o personagem do Woody Harrelson era realmente necessário?


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